

Parecia-nos que aquela figura não nos era estranha e depois de verificar que tinha no sopé e em letras maiúsculas M P foi fácil recordar uma das figuras mais importantes da nossa História, Sebastião José de Carvalho e Melo (1699 – 1782), Marquês de Pombal.
Este edifício, segundo nos informaram, seria de finais do século XIX princípios do seguinte e na sua origem era de 1º andar.
Teria sido mandado construir por um conhecido comerciante do concelho que de Martim Longo se teria passado para o Pereiro, um homem conhecido pelas suas ideias bizarras e por demonstrações de ostentação e segundo nos consta e já foi referido neste blogue, pelo nosso colaborador José Temudo, o homem que possuiu e conduziu o primeiro automóvel em Alcoutim!
O edifício veio a ser comprado por Francisco da Palma, vulgo Chico Artur, já há muito falecido, que o transformou num só piso, mas mantendo em lugar de destaque o “Marquês de Pombal”. Tendo existido nas extremidades da fachada e como elementos decorativos uma espécie de fogaréu.
Depois de ter servido como casa comercial com alguma excentricidade, Francisco da Palma utilizou-o como armazém.
Após a sua morte, foi entrando em degradação, ruindo, segundo nos informam, o telhado e a peça do Marquês foi apeada e segundo se pensa guardada.
Nós que tivemos possibilidades de escrever a estória desta peça não o fizemos, o que lamentamos e hoje tudo é mais difícil pois vamos deixando partir quem conhecia melhor o assunto.
O “Marquês” não representa nenhuma obra de arte mas acaba por ser um motivo de referência da aldeia do Pereiro.
Não haverá uma saída para a reposição desta peça emblemática e em lugar de segurança?