Quem alguma vez foi à Vila de Alcoutim não lhe passava despercebido tal edifício, tanto pela localização como pela imponência ou ainda pela utilização que teve durante cerca de um século, pois nele funcionaram a Repartição de Finanças e a Tesouraria da Fazenda Pública do concelho e mais tarde o posto da GNR.
Presumo que tivesse sido construído no século XVIII / XIX. Foi a Sra. D. Belmira Lopes Teixeira que vivia no prédio contíguo e não sei se lá não teria nascido que me contou, vai para quarenta e cinco anos, a estória do prédio que metia um capitão-mor de ordenanças que viria a ser assassinado pelos guerrilhas junto ao Monte de Afonso Vicente, onde foi levantado um calvário, local ainda hoje conhecido pela Portela da Cruz.
O pai ou o avô desta Senhora acabou por comprar parte dos bens deixados pelo assassinado que era originário da cidade de Tavira, de nome Aragão.
Não havia outra na vila que se lhe comparasse, nem mesmo a chamada “Casa dos Condes” com um estilo diferente.
Ainda o conheci como propriedade particular, arrendado ao município mas nunca vi o proprietário que vivia numa cidade do litoral algarvio.
Recebia na altura uma ninharia de renda e acabou por vendê-lo por meio dúzia de tostões à Câmara Municipal, penso que isso aconteceu na presidência de Luís Cunha.
UMA RÉPLICA NUNCA FOI OU SERÁ UM RESTAURO, UMA RÉPLICA É UMA MENTIRA ESCONDIDA.