Devido a várias circunstâncias que não interessa especificar, e no sentido de tornear algumas dificuldades, há algum tempo que me era lançado por alguém próximo e conhecedor dos assuntos, o repto para a criação de um blogue.
Fomos sempre dizendo que não, que a minha ligação era principalmente com a imprensa regional, pela qual tenho o maior respeito e carinho.
Durante estes anos, alguns dissabores apareceram, uns ultrapassados com naturalidade, outros foram absolutamente cortantes.
Ainda que o meu tipo de escrita se desenvolva normalmente no campo da história, da etnografia, dos usos e costumes e áreas circunvizinhas, procuro fazer reportagem quando os assuntos me sensibilizam e crítica construtiva quando as coisas vêm ao meu encontro (não sou eu que as procuro) e isto com o sentido de chamar a atenção dos responsáveis no intuito de as poderem melhorar.
Desde sempre tive o bichinho de comunicar pela escrita que se foi mantendo pela vida fora e desejo continuar enquanto sentir forças para isso.
ALCOUTIM LIVRE, porquê?
ALCOUTIM porque pelo menos 90% do que aqui for escrito será sobre a VILA E O CONCELHO e LIVRE porque ninguém vai dizer que a carta que levava o escrito se extraviou, porque será acompanhado das ilustrações que eu desejar, porque os erros que comportar serão todas da minha exclusiva responsabilidade, porque não me dizem que há falta de espaço, porque me partem o escrito em três ou quatro retalhos que é difícil juntar mesmo a quem os lê todos, etc, etc. e isto sem deixar de reconhecer, como sempre o fiz, para as limitações que os jornais encerram.
UM BLOGUE NÃO É UM JORNAL, ainda que não saiba nada de informática, ou por outra, muitíssimo pouco. Vai chegando para as minhas necessidades.
Há muito que pus a máquina de escrever na prateleira e é o computador que me serve para processar todos os meus textos e ilustrações que envio em CD para as casas de especialidade no sentido da edição de livros.
O primeiro livro que escrevi, em 1984, fi-lo com a máquina de escrever, hoje não conseguiria.
Irei procurar oferecer várias temáticas e pelo menos uma vez por semana apresentar qualquer coisa de novo.
A minha principal preocupação é tornar esta pequenina vila e este paupérrimo concelho mais conhecido no que respeita ao passado, mas nunca descurando o presente porque ser pobre, não é defeito e os pobres, no sentido económico, podem ser ricos em muitas outras áreas.
Por outro lado é preciso defender as suas “riquezas” muitas vezes adulteradas e colocadas em plano secundário, por interesses economicistas ou por pura e simples ignorância!
Estaremos aqui nesse sentido e como sempre fizemos na imprensa regional e antes do 25 de Abril.