terça-feira, 22 de setembro de 2009

Tigelas de louça



As tigelas podem ser feitas de cerâmica (porcelanas, barro) vidro, alumínio, esmalte, ou de qualquer outro metal e até mesmo de madeira. Ultimamente aparecem muito de plástico e substâncias análogas, imitando as velhas porcelanas e originárias muitas vezes de países distantes.

As que vamos abordar são as de porcelana, pois foram a par das de barro as mais usadas no concelho de Alcoutim.

O exemplar acima apresentado tem seguramente mais de sessenta anos e é de uma qualidade razoável. A decoração apresentada representou uma época e provavelmente uma fábrica.

As tigelas são caracterizadas por não terem gargalo nem asas e com uma forma de calote esférica, aproximando-se algumas da meia esfera, enquanto noutras a altura é substancialmente menor do que a largura. Contudo, em meados do século passado o formato mais vulgar aproximava-se da meia esfera.





Apresentamos acima um conjunto de tigelas que já não servem, para poderem ser preservadas mais facilmente e têm confecção de níveis diferentes e todas algumas dezenas de anos.

Podemos dizer que as tigelas de variadíssimos tamanhos e as pelenganas eram as peças de louça mais vulgares nas casas alcoutenejas e embelezavam frisos e pilheiras.

Pela tigela se bebia a água, o leite, o café, o vinho (os copos eram raros nessa altura), se transportava líquido e muitos sólidos, servindo muitas vezes de medida.

Quando se matava o galo, lá vinha a tigela com um pouco de vinagre para apanhar o sangue para confeccionar a típica cabidela.

Na altura as tigelas eram indispensáveis para se baterem os ovos com destinos diversos.

Quem não levava para a mesa uma tigela com azeitonas?

Naturalmente que ainda é peça existente e utilizada, mas sem a intensidade de outros tempos, pois o copo e outros recipientes ocuparam algumas das suas tarefas.