Já fizemos as referências gerais quando escrevemos sobre a Casa da Roda da vila e no último período do tema dissemos mesmo que em Martim Longo também tinha existido Roda de Expostos.
Sabemos que pelo menos existia casa da roda na aldeia em 1839, pois nesse ano exercia a função de rodeira, Joaquina Gertrudes, mulher de Baltazar Carrilho e de ama de leite, Maria Joaquina Alho, mulher de Manuel Guita. (1)
Em 22 de Janeiro de 1841 é exposta nesta roda, uma criança do sexo masculino e a que foi dado o nome de Vicente.
Sabe-se também que em 1842 a casa da roda de Martim Longo já tinha sido extinta.
De carácter oral, nada nos chegou ao conhecimento.
Sabemos que em 1817 o cirurgião do Partido da Vila de Alcoutim, João Manuel Revés, informava em 19 de Janeiro não haver “Casa de Expostos”, mas logo que aparecesse algum, era entregue a uma ama para o criar, sendo-lhe dado todo o apoio e olhando-se muito por ele.(2)
Haverá na aldeia quem saiba por tradição onde se situava a Casa da Roda?
Uma investigação cuidada no Arquivo Paroquial podia-nos levar ao conhecimento de mais dados sobre este assunto. Haja quem a faça.
NOTA
(1) “Coisas Alcoutenejas - A Casa da Roda”, José Varzeano, in Jornal do Algarve/Magazine, de 30 de Dezembro de 1993.
(2) – Jornal de Coimbra, 1817, p. 35