segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Efeméride - Passam hoje 370 anos sobre a morte do último Conde de Alcoutim



Foi a 29 de Agosto de 1641 que foi executado no Rossio, aos 52 anos de idade, o 6º e último conde de Alcoutim (7º Marquês de Vila Real), D. Luís de Noronha e Meneses, filho do 4º Conde e irmão do 5º e casado com D. Juliana de Meneses, filha de D. Luís de Meneses, 2º Conde de Tarouca.

A condenação deu-se por alegadamente estar implicado numa conspiração para derrubar o Rei Restaurador, D. João IV.

Os seus bens foram confiscados e incorporados na Casa do Infantado, criada por alvará de D. João IV, de 11 de Agosto de 1654, a favor dos filhos segundos dos nossos monarcas.

Ainda que tivessem existido algumas ligações sanguíneas entre as Casas de Bragança e a de Vila Real, as duas maiores do País em nobreza e bens, possivelmente por isso existia grande rivalidade pelo domínio político e económico.

Chegaram a travar-se pequenas batalhas entre os criados das duas Casas Senhoriais

Aquilo que fomos lendo em vários trabalhos históricos é muito semelhante parecendo-nos ser o politicamente correcto.

Em trabalho recente foram apresentadas outras hipóteses interpretativas após pesquisas efectuadas em vários arquivos.

É fácil calcular que os bens confiscados a esta Casa constituíram um suporte económico importante para a manutenção da independência do país.

Ainda que o título de Conde de Alcoutim tivesse sido oferecido a D. Carlos de Noronha que pertenceu à lista de conjurados e que se encontrava em litigio jurídico com o 6º Conde em representação de sua mulher, D. Antónia de Noronha, nascida em Ceuta e filha que pretendia ser legítima do 5º Conde, D. Miguel Luís de Meneses, este não o aceitou.