[Monte das Casas. Foto de JV, 1988]
Ao atravessarmos a ponte sobre a Ribeira de Odedeite, conhecida por ponte dos Bentos pois é esta a povoação mais próxima e oriundos da aldeia de Vaqueiros, temos duas opções: ou tomamos a direita a caminho do Fernandilho ou seguimos a esquerda que nos indica Casas, Cabaços e Alcarias. É esta que vamos seguir.
A estrada vai subindo a fim de vencer os cerros ao fundo dos quais continua a correr a ribeira de Odeleite. Aparecem de um lado e do outro caminhos rurais e uma ou outra amendoeira.
Depois da subida pode-se avistar nitidamente o monte dos Bentos que ficou para trás.
Aparece-nos um cruzamento que nos indica as Alcarias para a direita e para a esquerda a Preguiça. É perto deste cruzamento que se situa numa pequena elevação o monte que procuramos, o Monte das Casas ou simplesmente Casas. Situa-se a cerca de 4 km dos Bentos. Ficam-lhe próximo o Cerro (1,1 km), Alcaria (1,2 km) e um pouco mais afastadas as Alcarias (2,6 km).
O acesso faz-se por um desvio que quando o percorremos era de terra batida e hoje está asfaltado.
Apesar de ser um “monte” pequeno demonstrava, quando o visitámos (1989) alguma vida agrícola já que nas redondezas existem terrenos limpos.
Não aparece referido com este nome nas Memórias Paroquiais, 1758 mas pensamos que estaria em formação pois existia com uma situação semelhante uma Casa (Nova) que poderá indicar o núcleo a partir do qual de formou.
O topónimo não oferece grandes dificuldades. Trata-se do plural do substantivo feminino casa e que é vulgar em Portugal e na Galiza.
Simples encontrei referidos dez, incluindo este e umas dezenas composto ou seus derivados.
A chegada da energia eléctrica teve lugar em 4 de Dezembro de 1985 (1) e constituiu o grande melhoramento já que a partir dela tudo se torna mais simples.
Em 1993 os arruamentos são pavimentados. (2)
A água depois de ser distribuída por fontanários é levada ao domicílio em 2003. (3)
O poço público foi reparado em 2004. (4)
O painel de quatro caixas de correio foi instalado em 1996 (5) pelo que na altura deviam ser quatro o número de fogos habitados.
Segundo informação recebida tem actualmente (2011) 3 habitantes
NOTAS
(1) – Jornal do Algarve de 5 de Dezembro de 1985
(2) – Boletim Municipal nº 12, de Abril de 1993
(3) – Alcoutim, Revista Municipal nº 10 de Dezembro de 2003, p 6
(4) – Alcoutim, Revista Municipal, nº 11 de Janeiro de 2005, p 14
(5) – Alcoutim, Revista Municipal nº 4 de Dezembro de 1996, p 12