[A Vila do Cadaval. Foto JV, 2011.12.17]
No passado sábado, dia 17, desloquei-me à Vila do Cadaval para assistir ao lançamento desta obra na excelente Biblioteca Municipal.
Isso aconteceu devido ao alerta lançado e convite formulado pela autora, Mestre em História, Fina d `Armada.
Apesar dos inconvenientes pessoais emergentes na altura, não podia deixar de assistir a tal evento e de conhecer pessoalmente a grande historiadora que é a Dra. Fina d `Armada.
Tanto ela como eu fomos dos primeiros a chegar e identificámo-nos imediatamente, acertámos em cheio.
[Dra. Sofia Quintino]
Depois das indispensáveis apresentações entre os presentes, realizou-se a cerimónia da plantação de um carvalho, após a qual Fina d `Armada, tendo a seu lado um sobrinho neto da cadavalense republicana, Dra. Sofia Quintino (1878-1964) das primeiras médicas do país, fez a explicação filosófico-religiosa com clareza e erudição do que representava a árvore.
[Plantado o carvalho e o mesmo depoios de plantado. Foto JV]
Usou igualmente da palavra o representante da família da republicana que se estava a homenagear. Ainda que não a tivesse conhecido, recebeu sobre ela várias informações de carácter familiar que divulgou e agradeceu ao mesmo tempo à Dra. Fina d `Armada circunstâncias que desconhecia completamente.
Foram convidados os presentes a colaborar na plantação com a colocação simbólica de um pouco de terra junto ao pé, o que também fiz.
[Fina d `Armada usando da palavra. Foto JV]
Seguidamente teve lugar o lançamento local do livro Republicanas quase Desconhecidas e que já tive o prazer de apresentar na minha rubrica Escaparate.
Uma singularidade que não passou despercebida e que não me lembro de encontrar em qualquer outra parte – a “Mesa” era constituída por quatro mulheres – A Vice-presidente da Câmara Municipal do Cadaval que naturalmente abriu a sessão, a representante da Editora Temas e Debates – Circulo dos Leitores, que falou a seguir, a apresentação do trabalho, coube à Dra. Tânia Camilo.
[A Vice-Presidente da Câmara abrindo a sessão. Foto JV]
Finalmente tive a oportunidade de ouvir a autora do trabalho que escalpelizou a matéria com o à vontade de quem a conhece minuciosamente e com a grande vantagem de utilizar termos muito acessíveis.
Dissecando o trabalho, notava-se o gosto com que o fazia, procurando transmitir uma importante mensagem.
Ouvida atentamente pela assistência, cujo número como é habitual em qualquer outra parte, pecava por não encher o auditório e lá se ouviu a expressão de “poucos mas bons” que se justifica plenamente.
[A Dra. Fina d`Armada explicando o seu trabalho. Foto JV]
Seguiu-se a sessão de autógrafos a que me associei, adquirindo um exemplar para oferecer a um amigo.
Segundo informação recebida, há disponibilidade para efectuar mais lançamentos, primordialmente nas terras de origem das “quase” desconhecidas que Fina d `Armada trouxe ao conhecimento público como grandes republicanas.
A minha ida ao Cadaval, além do prazer descrito, possibilitou-me voltar a um concelho onde exerci a minha profissão cerca de ano e meio, e igualmente minha mulher trabalhou dois anos, aí o meu filho fez a 4ª classe e iniciou o Ciclo Preparatório.
Cadaval é uma vila que ficou no meu coração e onde fui muito bem recebido.
Fiquei, juntamente com minha mulher, satisfeito por constatar o seu desenvolvimento, está hoje, pelo menos o triplo do que era.
Apesar de mais de trinta anos passados ainda me foi possível reconhecer duas pessoas.
Que o Cadaval continue a progredir são os nossos desejos.