segunda-feira, 10 de maio de 2010

Passeio ao campo



Na Câmara Escura de hoje, só existem duas certezas. A foto foi tirada em Alcoutim e quando um grupo de pessoas se preparava para ir fazer uma visita a uma propriedade de D. Belmira Lopes Teixeira, que ainda conhecemos e que nos dedicou a sua amizade que teve a amabilidade de nos manifestar, quando eu pensava que lhe teria passado completamente ao lado, como seria natural.

Inconfundível o pavimento do chão e a parede da casa que identificam a velha vila raiana, como lhe chamava o professor Trindade e Lima.

Uma das jovens sentadas, admito que seja a única filha de D. Belmira, Maria Cristina, falecida aos 18 anos e cujos restos mortais se encontram com os de sua mãe, no único jazigo existente no cemitério da vila de Alcoutim e que actualmente se encontra em estado degradado.

Outra pessoa que poderá estar na fotografia, a adulta do lado direito, poderá ser a Sra. Guilhermina que ainda conheci já bem entrada na idade e que na altura, inícios dos anos trinta do século passado, era com o seu marido, encarregada da casa de lavoura de D. Belmira.

Quando em finais de Dezembro de 1977 me encontrava arrumando o automóvel com os meus livros de trabalho que estava retirando da repartição, esta senhora desceu as escadas do seu prédio que era contíguo e teve a amabilidade de se ir despedir de mim.

Sempre que ia a Alcoutim, visitava-a o que muito lhe agradava. Sempre a encontrei lúcida, apesar da avançada idade.

Dá-me a impressão que um dos miúdos está fardado da Mocidade Portuguesa pois parece ter bivaque. Será?