[Vista parcial da aldeia de Giões tirada da Ermida de S. Domingos. Foto JV, 2010]
Na freguesia de Giões pontificaram nomeadamente no século XIX, três famílias: a dos Teixeira, dos Delgado e a velha família dos Vilão.
Joaquim Pedro pertenceu à numerosa família Teixeira que se fixou no concelho de Alcoutim onde manteve durante muitos anos o poder económico, político-administrativo e eclesiástico e que depois se espalhou por vários recantos do país.
Joaquim Pedro Teixeira nasceu em Giões em 7 de Março de 1818, sendo filho de Pedro Rodrigues e de Ana Teixeira.
Entre outros, era irmão do Padre José Pedro Rodrigues Teixeira, pároco de Martim Longo, onde faleceu e ficou sepultado, Pedro José Rodrigues Teixeira, escrivão da Câmara de Alcoutim, de Dionísio Guerreiro que devia ter sido o mais velho de todos e que presidiu ao município e de Pedro Teixeira, que foi funcionário na Alfândega de Alcoutim.
Casou com Margarida da Conceição (1824-1900).
Encontramo-lo em 1842, por isso, com 24 anos, a exercer as funções de escrivão do Juiz de Paz e foi sacristão da Paróquia da sua naturalidade.
Em 1855 já exercia as funções de professor na aldeia de Giões tendo recebido durante vários anos um prémio pecuniário pelo trabalho desenvolvido, por exemplo, no ano de 1875/76 habilitou com aproveitamento 52 alunos.
Teve ainda a oportunidade de manifestar em 1 de Junho de 1862 a descoberta de uma mina de cobre no Serro Alto, próximo de Alcaria Alta.
Requer a sua aposentação em 1882 (1) fixando-se cerca de 1890 em casa de um dos filhos, o Padre Pedro Teixeira Ramos, que exercia funções em Salir e onde vem a falecer em 28 de Maio de 1905, por isso, com 87 anos de idade.
Penso que também exerceu funções de vereador na Câmara de Alcoutim.
NOTA
(1)-Acta da Sessão da C.M.A. de 20 de Novembro de 1882