Aqui estão os cinco do núcleo
“duro”. O cenário, quando não é o Guadiana é o castelo da Vila, neste caso,
mais adequado pelo seu recato para uma patuscada, acções muito praticadas em
Alcoutim desde tempos “imemoriais” devido a vários condicionalismos.
Segundo consta, os alcoutenejos
foram sempre bons anfitriões.
Como sede de concelho, que é
desde os tempos da Dinastia Afonsina,
tinha no exercício de funções os funcionários necessários, para cumprimento das
tarefas, depois de ser condado da responsabilidade daqueles Altos Senhores da
nobreza, depois da Casa do Infantado, voltando por extinção desta ao domínio real.
Se em muitos casos o recrutamento
era feito entre os próprios alcoutenenses, havia situações em que os lugares
eram ocupados por pessoas vindas de fora e nestas, na maioria dos casos, vindos
através de concursos realizados a nível nacional.
Eram normalmente jovens e
mantinham-se o tempo indispensável no exercício dessas funções e logo que
podiam, transferiam-se para outros concelhos que ofereciam melhores condições
de vida.
Se com a maioria acontecia assim,
também houve quem se tivesse ligado pelo casamento a alcoutenejas como
aconteceu a elementos da alfândega, guarda fiscal, contribuições e impostos,
professorado, etc, havendo, igualmente, ainda que em menor número, alcoutenejos
que se enamoraram de “forasteiras”.
Nesta altura (1964/66) a vila
atravessava um período de decadência dos mais graves da sua existência. As
trocas comerciais deixaram de se fazer por via fluvial passando para a
terrestre, devido à abertura da estrada nacional 122 e ao prolongamento da 124. A vila perdia a função
de interposto que tinha.
No núcleo enquadrou-se bem o
cidadão alemão, estudante de geologia, Eckart Frischmunth, que os leitores já
conhecem deste espaço e se não estou a errar no que vou dizer, os restantes
quatro não têm pais alcoutenejos. Um algarvio de Vila Real de Santo António,
outro de Castro Marim, um alentejano de Mértola e o outro que não conheço, mas
sei que os pais não eram de Alcoutim.
Da esquerda para a direita, não
conheço e dizem-me ser filho de uma funcionária pública que passou por
Alcoutim, depois o cidadão alemão, António Antunes filho de outro funcionário
público, o nosso colaborador Amílcar Felício, filho de um funcionário administrativo
e José Francisco Cavaco, filho de um mestre alfaiate e que amavelmente me cedeu
a fotografia.