segunda-feira, 29 de novembro de 2010

D. Brites de Lara (e Meneses)

Primeira filha do 1º Duque de Vila Real e 4º Conde de Alcoutim, D. Manuel de Meneses e de sua mulher D. Maria da Silva. Irmã do 5º Conde, D. Miguel Luís de Meneses, falecido em 1637 e do 6º e último, D. Luís de Noronha e Meneses, degolado em 1641.

Era assim neta dos 1ºs Condes de Alcoutim.

Teve fama de ser muito formosa e inteligente.

Casou com D. Pedro de Medicis, príncipe da Toscana, Cavaleiro do Tosão e que já era viúvo, filho de Cosme de Médicis, Grão-Duque da Toscana e general do serviço filipino e da Duquesa D. Leonor de Toledo, tendo vivido na Corte de Madrid.

Apartada do marido continuou a viver na Corte Espanhola, regressando a Portugal após ter enviuvado.

Fixa-se em Aveiro onde tinha casa fidalga e comprou à volta desta, casas e quintais, incluindo a parte reservada à judiaria. Sem descendência, ingressa como freira no Mosteiro de Jesus.

[Convento dos Carmeliras em Aveiro]

Começam as obras no seu palacete por volta de 1610 e sete anos depois estão concluídas. Cede entretanto estas instalações aos carmelitas descalços patrocinando também as obras do convento masculino destes religiosos na mesma e então vila que começou a funcionar em 1820.

Tendo sido a grande benemérita deste convento, os frades instituíram-na padroeira da capela-mor onde acabou por repousar no seu túmulo.

[Túmulo de D. Brites de Lara]
O convento amplo , irregular e de claustro quadrado, possuía uma vasta cerca muito fértil.

Morreu a 4 de Junho de 1648 no Mosteiro de Jesus tendo vivido mais de 40 anos em Aveiro que chorou a sua morte pois todos lhe deviam memória de bem-fazer. O seu túmulo encontra-se na Igreja do Convento do Carmo.

Após a Revolução de 1640 e com a conspiração do ano seguinte onde são implicados e justiçados o irmão, 6º Conde de Alcoutim e o sobrinho, 2º Duque de Caminha, recolheram-se alguns familiares ao seu palacete que se tornou centro mal visto pela nova governação política tendo-lhe sido negada autorização para converter a sua casa em convento feminino, o que só veio a acontecer em 1657 por concessão da regente D. Luísa de Gusmão.

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História Genealógica da Casa Real Portuguesa, António Caetano de Sousa, Edição QuidNovi/Público, Academia portuguesa da História, Vol II e V, 2007

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