sexta-feira, 8 de abril de 2011
Feijão careto com atum
Só soube o que era feijão careto quando cheguei a Alcoutim!
Depois de o conhecer por feijão-frade e feijão de duas caras, na Beira-Alta vim a conhecer-lhe outro nome, feijão miúdo e por intermédio de um minhoto tomei conhecimento que na sua terra lhe chamavam feijão galego. É uma das características da nossa língua, vários nomes para uma única coisa! São os regionalismos.
Não digo que este prato seja típico da serra algarvia ou do concelho de Alcoutim, mas a verdade é que é muito utilizado.
Foi-me servido pela primeira vez em Novembro de 1967 no “monte” de Afonso Vicente quando o ramal de acesso, a electricidade e a água ao domicílio eram uma miragem. Tinha de se comer o que se conseguia levar e não havia como conservá-los.
A diferença para mim tinha a ver com o nome do feijão e com o acompanhamento, atum de conserva, pois estava habituado em vez de atum, acompanhar com carapaus fritos.
Salsa e cebola bem picadas, as indispensáveis rodelas de ovo cozido e o tempero de azeite e vinagre já eu conhecia e penso serem utilizados em todo o país.
É prato que aprecio mas espaçado no tempo.