segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Abóbora de casca
Como é do conhecimento geral, existem muitos e variados tipos de abóbora, quase todas comestíveis.
As plantas são rastejantes ou trepadeiras, necessitando que o terreno seja bem estrumado e que a água não lhes falte.
Abóbora-cabaça ou cabaceira não comestível em Portugal mas que outros povos utilizam na sua alimentação, abóbora-gila ou chila utilizada em doçaria e onde segundo a tradição (será só tradição?) não pode ser partida com objecto metálico pois se o fizerem adquire mau gosto, abóbora-menina de polpa alaranjada, de formatos muito diferentes, que por esta região é conhecida como “frade” e abóbora-porqueira por ser muito utilizada na alimentação dos porcos.
A abóbora de casca que adquire o nome devido à rijeza ou consistência da sua casca é conhecida, pelo menos, em grande parte do Alentejo como abóbora de casca de pau.
O seu estado de maturação é avaliado através da unha. Quando o homem não a consegue introduzir é sinal que está pronta a ser colhida e confeccionada.
Não deixa de ser interessante a máxima que encontrámos no concelho de Alcoutim. A abóbora de casca só deve ser cozinhada nos meses que não têm “R” ou seja: Maio, (quando começa a aparecer) Junho, Julho e Agosto. A partir daqui, começa a perder as suas características.
Como já dissemos, consideramo-la uma matriz do jantar de grão ou de feijão, sendo confeccionada com a casca da qual se retira o recheio com uma colher.
Para a partir atira-se ao chão, já que a faca não entra ou corta-se com uma machada. Pela nossa parte, cortamo-la com uma serra às fatias.