[Carlos Vieira Dias em Alcoutim. Foto JV]
Ao entrar neste Mundo da Internet e na criação de blogues, estava longe de pensar na amplitude que isto iria tomar pois as ressonâncias que chegam são muitas e de várias partes do Mundo!
Posso afirmar que rara é a semana em que não recebo algo sobre o ALCOUTIM LIVRE: comentários, aplausos, pedidos de informação sobre familiares ou terras (montes) factos e até o fornecimento de dados que nos ajudam nesta tarefa.
Uma das primeiras solicitações vem curiosamente de Espanha em que alguém navegando na Internet à procura de dados genealógicos encontrou neste espaço
uma nota biográfica sobre um Vieira natural de Alcoutim. Como por via oral sabia que alguns dos seus ascendentes tinham passado por este concelho, lembrou-se de vir junto de mim e com alguns dados indagar se eu o podia ajudar no conhecimento dos seus ascendentes.
[Carlos Vieira, espanhol com um costado português e José Varzeano, junto ao Guadiana, em Alcoutim. Foto M.B.]
Acontece e porque para mim tinha sido uma pessoa a destacar, eu tinha alguns dados sobre um seu ascendente de linha colateral, nem mais nem menos do que um seu tio-bisavô.
Para o já meu Amigo Carlos Vieira Dias foi uma boa notícia que lhe dei e que de outra maneira não seria fácil obter.
Tive o prazer de lhe oferecer o meu livro “A Freguesia do Pereiro (do Concelho de Alcoutim) «do passado ao presente»”, Edição da Junta de Freguesia do Pereiro, 2007 em que a págs. 81 refiro este seu antepassado.
Após troca de e-mails Carlos Vieira manifestou interesse em conhecer-me e eu respondi-lhe nos mesmos termos e prontificando-me a mostrar-lhe alguns dos locais de Alcoutim que pautaram a vida daquele seu familiar.
Após a conjugação de esforços o encontro deu-se no dia 30 de Abril último na Praça da República na Vila de Alcoutim, topónimo muito ligado àquele seu antepassado.
[Carlos Vieira e esposa junto à placa toponímica "Praça da República, em Alcoutim. Foto JV]
Almoçámos na vila. Mostrei-lhe onde o seu 3º tio deu aulas depois da Cheia Grande, ou seja na Capela de Sto. António. Rumámos depois ao Pereiro e a Martim Longo, aldeias que ficou conhecendo superficialmente já que o tempo era pouco e até estava chuvoso.
Notava-se que respirava satisfação por todos os poros como é compreensível. Não podía deixar de o levar à bonita freguesia de Vaqueiros e onde pôde observar, na estrada para o” monte “de Monchique, o “mar de cerros”, no dizer do geógrafo Orlando Ribeiro, que constitui a Serra do Caldeirão.
No dia seguinte voltámos a almoçar juntos e até provaram umas migas de que não desgostaram.
Aproveitámos para mais uma pequena volta.
Sabendo que Carlos Vieira é um apaixonado pela arqueologia, lamentei-lhe o facto de não possuir um “todo o terreno” para o levar aos “Menires do Lavajo”!
Fomos levá-lo, com a sua simpática esposa que o acompanhou, ao início do IC 27 para o regresso a Espanha, mais propriamente a Cádis, onde residem.
[No início do IC 27.Foto JV]