Nasceu esporadicamente na Vila de Castro Marim a 4 de Setembro de 1769 e foi baptizado na igreja paroquial da mesma vila uns dias depois.
O seu pai, Aleixo Duarte Machado era negociante de gado e natural de S. Bartolomeu de Messines, onde vivia, aliás como os seus ascendentes.
Tendo sido acusado pela prática de contrabando, é processado mas entretanto foge para Espanha, fixando residência com a mulher em Aiamonte.
Foi numa ida a Castro Marim que a mulher deu à luz o Manuel Aleixo e aí recebeu o sacramento do baptismo. O pai, depois de livre do processo voltou a Portugal com a mulher e o filho voltando à sua terra natal onde veio a falecer.
Manuel Aleixo Duarte Machado, de seu nome completo, veio a ser Presbítero Secular e Doutor em Cânones pela Universidade de Coimbra, tendo sido graduado em 3 de Julho de 1796.
(Castro Marim, vista parcial)
Destinando-se ao magistério foi por algum tempo Opositor na referida Faculdade, acabando por ser nomeado cónego da Igreja Catedral de Faro, onde impugnou a eleição de um Deão para Vigário Capitular (1817).
Foi deputado às Cortes Ordinárias de 1822.
O Dr. Manuel Aleixo era considerado pelas pessoas que o conheciam de perto, como homem de muito saber, mas deixou impressos poucos trabalhos, como são os que se seguem e são conhecidos: Sermão pregado nas exéquias pelos portugueses que morreram na última guerra, celebradas na Catedral de Faro, em 23 de Maio de 1814, Tradução dos Diálogos Socráticos, feita do idioma francês, em Português, Lisboa, 1823 e Resposta a uma censura do Desembargo do Paço sobre direitos da sucessão ab intestato, etc, Lisboa, 1823.
Calcula-se que tivesse falecido no Algarve em 1833 ou pouco depois.
______________________________________
http://radix.cultalg.pt, em 05.10.2008.
Dicionário Bibliográfico Português, Inocêncio, Francisco da Silva, Tomos V e XVI, respectivamente de 1860 e 1893.
A Catedral do Algarve e o Seu Cabido – Sé em Faro, José António Pinheiro e Rosa, Separata dos “Anais do Município de Faro – Nº XII”, Vol.I, Faro, 1983.