Domingos Corrêa Arouca de seu nome completo, nasceu em 1790 na vila de Castro Marim, sendo filho de Simão Corrêa Arouca e de D. Maria Teresa Cândida Mascarenhas.
Foi Comendador da Ordem de Avis e de Nª Sª da Conceição.
Cavaleiro da Casa Real por alvará de 4 de Dezembro de 1834.
Foi Conselheiro, vogal do Conselho Ultramarino e Senador.
Em 1810 e como tenente, vai para Moçambique, onde comandou as companhias de Quelimane e Inhambane, tendo sido também governador deste distrito.
Já como coronel de infantaria, é nomeado, em 16 de Junho de 1836, governador de Cabo Verde, substituindo o coronel, António Joaquim Pereira Marinho.
(A Vila de Castro Marim)
Teve de fazer face a uma revolta fomentada pelo seu antecessor que tinha ficado no arquipélago, chegando mesmo, duas ilhas a negar-lhe obediência.
Este clima tinha a ver com as lutas políticas internas que se travavam no País entre os liberais.
Domingos Arouca conseguiu resistir com o apoio militar da corveta francesa Triumphante, cujo comandante obrigou Marinho a capitular.
Sá da Bandeira aceitou a demissão de Arouca e nomeia novamente o seu protegido, Pereira Marinho para o lugar, isto em fins de 1836. O governo não decorre com tranquilidade, acabando o responsável por ser transferido para Moçambique em 1839.
O afrontamento entre os dois militares deu origem à publicação de panfletos, tendo terminado em 1842 com a publicação de Desmentido às acusações feitas pelo ex-Governador de Cabo Verde e de Moçambique, o Sr. Joaquim Pereira Marinho, contra Domingos Corrêa Arouca, etc.
Corrêa Arouca pertenceu à loja maçónica, União e Justiça, sedeada em Lisboa.
Faleceu em24 de Janeiro de 1861 como brigadeiro na reforma.
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Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira
Dicionário Bibliográfico Português, Inocêncio Francisco da Silva, 1870
História de Portugal, Joaquim Veríssimo Serrão, Vol. VIII
História da Maçonaria em Portugal, A.H. Oliveira Marques, 1990
http://radix.cultalg.pt , em5.10.2008