Pequena nota
Este artigo foi escrito há 14 anos, não foi hoje!
Na procura de determinada documentação, fui encontrar este original que acaba por ter uma “estória”.
Tal como o enviei para publicação num jornal semanário do Algarve, aqui o publico tantos anos depois, mas que consideramos de interesse fazê-lo.
Para minha admiração, o artigo não foi publicado no número seguinte do jornal, o que, pelo menos quanto à minha colaboração não era habitual, mas pior, não o foi no número seguinte!
Pedindo, obviamente, uma explicação foi-me dito que não tinha chegado!
Hoje as coisas já não são bem assim, visto os mesmos serem enviados por “e-mail” e se não forem devolvidos é que chegaram ao seu destino. Com as cartas, as coisas podiam passar-se de uma maneira diferente.
Poderei acrescentar que nunca mais enviei nenhum escrito para esse jornal que nada perdeu comigo e eu muito menos com o jornal, pois deixei de fazer despesa com o envio dos mesmos. Se alguém perdeu, foi Alcoutim e alguns dos meus assíduos leitores que sei que os tinha.
JV
[Alcoutim de hoje. Foto JV]
Quando fui alertado pelo “anúncio” de que o próximo SERÕES NA PROVÍNCIA iria ser dedicado a Castro Marim, tomei nota para o seguir na íntegra, já que é zona que conheço relativamente bem.
Pensei para comigo: – Era um programa destes que Alcoutim devia procurar que se realizasse.
É importante uma “terra” dispor de alargado tempo de antena para dar a conhecer à plateia que é PORTUGAL, de Norte a Sul, as suas potencialidades, os seus problemas, as dificuldades e anseios.
Desconheço totalmente como os programas são agendados, mas certamente que não andarei distante da verdade ao dizer que tem de haver um interesse mútuo entre as partes.
Os intervenientes eram para os algarvios pessoas conhecidas e provenientes de vários quadrantes políticos e profissionais.
Como não podia deixar de ser, lá estava o dinâmico presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, defendendo a sua dama como pôde, dependendo Vila Real da sua vila pela água que lhe fornece e pela autorização da passagem de “fronteira”, ao que risonhamente respondeu o seu congénere dizendo que em Vila Real se considerava Castro Marim como a sua quarta freguesia.
As referências visuais e auditivas sobre Alcoutim e o seu concelho apareceram em quantidade apreciável.
Estavam presentes, além do presidente anfitrião, os de Vila Real de Santo António e de Tavira. O de Alcoutim (a cadeira como as câmaras mostraram, encontrava-se vaga), segundo o moderador, não estava presente por motivo de doença.
Daqui auguro ao Senhor Presidente rápidas melhoras, mas com os dados que disponho não compreendo porque não se fez representar pelo vereador a tempo inteiro, que o substitui, por sinal um alcoutenejo conhecedor da sua terra e interessado pelos seus problemas. E se este também não fosse possível comparecer, a Câmara ainda dispunha de mais três vereadores eleitos democraticamente e que podiam dar voz ao concelho, isto apesar de todo o interesse manifestado pelos presentes que se referiram a Alcoutim.
Todos nós sabemos que os meios de comunicação social, principalmente os audiovisuais, têm grande impacto e perder uma oportunidade destas, traduz-se em prejuízo para o concelho.
Eu, que muito modestamente procuro divulgar o nome de Alcoutim e do seu concelho há mais de um quarto de século, através da escrita e nomeadamente nas páginas deste semanário, que tem estado sempre ao nosso dispor, confesso que me senti frustrado ao assistir ao último SERÕES NA PROVÍNCIA.
E tinha de escrever isto.