quinta-feira, 9 de julho de 2009

Licores caseiros "Hortinha das Lajes"


Iremos hoje versar um tema muito diferente daqueles que habitualmente abordamos, mas estas mudanças servem também para arejar o ALCOUTIM LIVRE, torná-lo mais diversificado.

A lembrança veio porque há dias ocupei uma tarde inteira confeccionando o meu LICOR DE GINJA, pois a mesma já tinha um ano de infusão e havia que disponibilizar o vasilhame para recolher o novo produto que este ano, por estas bandas, é abundante e de boa qualidade.

Desde criança que me lembro em casa de minha avó materna se fazerem licores, tarefa em que era perita a minha tia mais velha, ainda que as irmãs também o soubessem fazer, já que naquela época devia fazer parte dos conhecimentos femininos.

Os sobrinhos conheciam o hábito e obtinham da tia a especial concessão de molharem os lábios com uma colherinha de chá!

Nunca me esqueci do gosto do licor de tangerina, lembrando-me também que se faziam o de leite e o de café.

Em casa de meus pais, era hábito a minha mãe fazer licor de ginja, principalmente depois de termos no quintal duas ou três ginjeiras.

Foi assim e devido à minha curiosidade que aprendi a fazer o licor de ginja, sistema que fui testando e alterando segundo as minhas concepções, mas nunca esquecendo a base que minha mãe me ensinou e as recomendações que fazia.

A tia já tinha falecido o que anos depois aconteceu como é natural a minha mãe. Antes do último desenlace e porque continuava no meu imaginário o gosto do licor de tangerina que a tia fazia, pedi auxílio a minha mãe e fiz o dito licor que me saiu muito bem e que era parecido com o que a tia fazia.

Estes dois licores começaram a ser um hábito anual.


A partir do aumento da minha disponibilidade e do começo da produção “hortícola”iniciei a tarefa dos licores dos mais variados matizes e hoje possuo, todos de origem dos meus produtos e que passarei a referir por serem apreciados: - poejo, alfarroba, hortelã, amêndoa amarga (esta não é feita de caroços de nêspera!) ameixa, tangerina, limão, laranja, a nível individual ou no seu conjunto a que chamamos licor de citrinos, erva-luísa (lúcia-lima) e como última experiência positiva, o de funcho! E uma ratáfia de romã, de feitura diferente de todos os outros.


As visitas optam por uns, em desfavor de outros!


Existe naturalmente todo um material (tachos, panelas, frascos, garrafas, colheres de vários tamanhos, funis, coadores, etc.) que é exclusivo desta tarefa que vamos realizando ao longo do ano.

É fácil. Basta ter gosto. Experimente.