sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Estórias e Opiniões sobre o surf em Peniche
[A ofertante num carvão de Isabel Cordeiro, 2009]
Fui este NATAL contemplado pela minha neta, com um exemplar deste trabalho de 164 páginas e formato A/5 que reúne treze estórias e trinta artigos de opinião que o autor, José Miguel Nunes, publicou entre Setembro de 2007 e Dezembro de 2009 no Jornal de Peniche On-line, onde colabora desde a sua fundação e mantém a coluna “História e Estórias do Surf Penicheiro”.
Primeiro como praticante desde tenra idade e depois como analista, tem dedicado muitas horas de trabalho à temática que sempre o apaixonou, defendendo os seus pontos de vista com equilíbrio, ponderação e frontalidade, sem ser serviçal e não andando a reboque de ninguém.
Ainda que este tema esteja fora do meu “mundo de interesses”, não deixei de fazer a minha leitura atenta. As “estórias”, reais e em que não deixa de referir os amigos com quem partilhou, estão contadas com graça, num português fluido sem deixar de utilizar termos de uso local e o linguajar próprio da sua época.
Naturalmente que nas “opiniões”o tipo de escrita é completamente diferente como não podia deixar de ser.
Este primeiro ensaio, com muito bom aspecto gráfico, poderá, ser melhorado numa segunda edição que desejo se concretize mas em moldes diferentes.
Primeiro temos que respeitar as prioridades.
Este “livro” faz falta a Peniche.
Além de colaborador do ALCOUTIM LIVRE, José Miguel Nunes é meu filho como muitos visitantes já saberão e teve a amabilidade de me dedicar este seu primeiro trabalho, o que faz nos seguintes termos:
Pequeno apontamento...
Desde sempre me lembro de te ver rodeado de livros, desde sempre lembro de te ver a escrever artigos para diversos jornais e revistas sobre a tua paixão, História Local.
Lembro-me do teu primeiro livro ser todo “batido” na velhinha máquina de escrever, na mesa da casa de jantar lá de casa. Depois desse já publicaste mais dois, estes já não à máquina, mas sim à frente de um computador, que entrou inevitavelmente na tua vida com tal fulgor, que se tornou um instrumento inseparável, nem na mesa da casa de jantar, pois mudaste-te de armas e bagagens para o teu refúgio mais prezado, o escritório, que montaste assim que tiveste possibilidades para isso, e no qual te rodeaste dos bens mais preciosos que possuis, as muitas centenas de livros que tens vindo a adquirir ao longo da tua vida.
Talvez por tudo isto, também eu a certa altura, nem sei bem como, acabei por começar a escrever qualquer coisa sobre a minha paixão, o surf.
Ainda não escrevi nenhum livro, nem sei se algum dia escreverei, poderá nunca se proporcionar, e mesmo que se proporcione, não sei se tenho capacidade para o fazer, pelo menos com a qualidade que os teus apresentam, no entanto queria deixar-te uma espécie de livro, uma compilação dos meus artigos, que de algum modo acredito terem também a tua marca, pois a frontalidade com que escrevo aquilo que penso foi algo que aprendi contigo.
Não querendo de modo algum ser pretensioso, se porventura esta “compilação”, não lhe chamarei livro, ganhar lugar na tua estante, lado a lado com os, esses sim, livros, da tua autoria, é algo que me deixará imensamente satisfeito e honrado.
Em 1985, dedicaste-me o teu primeiro livro, com a frase que nunca esqueci: “onde pulula sangue alcoutinense”, vinte e quatro anos depois, apesar de o teu sangue não ter o travo a sal que o meu por força das circunstâncias acabou por adquirir, chegou a minha vez,
para ti PAI.
Peniche, Dezembro de 2009
Pequena nota
Peço desculpa aos meus visitantes/leitores pela publicação deste Pequeno apontamento..., que tem muito de pessoal mas que considerei de interesse partilhar convosco pelos valores que encerra.
Passados 24 anos foi-nos dada a resposta mais apetecida, mas confesso que só muito recentemente julguei ser possível
O beijo de agradecimento ao “meu menino de oiro”.
JV