segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
O velho candeeiro
Esta Câmara Escura podia ter além deste outros títulos, entre os quais RUA DO MUNICÍPIO, VENDA DE PEIXE DO RIO, A CASUARINA ou mesmo SANLÚCAR.
Este postal penso que fazia parte da 1ª colecção editada por diligência de JB Guerreiro e quando cheguei a Alcoutim, já não existia à venda.
Este foi escrito e enviado em 22 de Setembro de 1966 e tinha o sentido de dar os parabéns a uma jovem alcouteneja pois fazia 21 anos.
A fotografia devia ter sido tirada de uma das sacadas dos Paços do Concelho, apanhando em primeiro plano um velho candeeiro que, se a memória não me atraiçoa, tem no medalhão, o ano de 1876 mas que na foto não se consegue ler.
Este candeeiro, dos poucos existentes na vila, foi alimentado até 1965 por petróleo, depois e bem, electrificado e colocado no local onde penso que ainda se encontra.
Não deixa de ser curioso o P.S (post-scriptum) que apresenta:- Para que não esqueças os costumes da terra, cá estão o “Não me asses” e o Melão a vender peixe e tomates.
“Na me asses” (Manuel Agostinho Fernandes) era um casto-marinense que se fixou em Alcoutim e que teve sempre uma actividade relacionada com o comércio de peixe e o Melão que conheci como pescador do rio faleceu em finais do década de sessenta do século passado.
O meu opúsculo “Alcoutim, Visto através das Posturas Municipais (1834-1858)”, 1989, faz a sua reprodução na contracapa.