domingo, 11 de abril de 2010

À procura das raizes

Quinta-feira, dia 8!

Com quase quatro anos, chegou a altura da minha neta conhecer certos sítios onde germinaram alguns dos seus antepassados.

Segundo as informações recebidas via telemóvel, mostrava determinada ansiedade.

Pelas fotografias já conhecia tudo, sabendo dizer o que era.

Entrou na “pequena vila raiana” pelas Portas de Tavira, caminho que o seu trisavô Rosário, vindo do Marmeleiro, percorreu inúmeras vezes para ir visitar a neta Maria Isabel que como era prática da época lhe beijava a mão.

Estacionou no Cais e chamou logo a atenção para o “mar”onde os rapazes davam mergulhos.

A primeira visita, como não podia deixar de ser, foi para a maior amiga de seu pai que já a conhecia, pois teve a amabilidade de se deslocar à sua terra para a conhecer.

Foi uma alegria.



Infelizmente já não foi a tempo de conhecer outra grande amiga do pai, que lhe deu banho muitas vezes e para quem corria como se fosse sua avó.

Atravessou a Praça da República e subiu pela Rua Dr. João Dias. Já não subiu as escadinhas da “Rua da Parada” como fazia a avó quando tinha a idade dela porque as destruíram completamente!


Sentou-se no mesmo degrau onde o pai se sentava com a sua idade!

Foi apresentada a velhos amigos do pai que já não o conheciam!

O pai fez questão, e bem, de levá-la ao Castelo.



A sua conversa dava sempre em “Alcoutim é a terra da vóvó!” E é, nos ascendentes não existe outro que lá tivesse nascido, incluindo o pai, natural de Loulé.

O tempo passava rapidamente e era preciso ir conhecer Afonso Vicente que desde que começou a ter alguma noção das coisas ouviu falar e começou a pronunciar como lhe era possível mas que só a família compreendia.

Quando desceu do carro e o pai lhe apontou a casa, disse logo: Esta casa é muito gira!



Depois de ter visto a casa, não deixou de observar as suas fotografias, quando era bebé, como costuma dizer.

Nesta pequena povoação nasceu a sua bisavó Isabel, mãe da vóvó. Outros ascendentes deste ramo aqui viram a luz do dia durante os séculos XVIII e XIX e possivelmente antes.

Chama a esta casa “a casa do babá” e é hábito chorar quando sabe que vou para lá!

O grande objectivo era ver o lago com os peixinhos de várias cores e o repuxo. Foi logo onde a levaram.



Ainda reparou nas cebolas que segundo me disse estavam grandes mas também gostou de ver os pintainhos, confessou-me que o lago e os peixinhos foi o que mais gostou.



O pai fez este trabalho, (1974). Qual será o que ela irá fazer?