sábado, 15 de outubro de 2011

Poejo


É outra das plantas herbáceas aromáticas que o alcoutenejo usa como condimento na alimentação e igualmente como mezinha caseira para determinadas situações.

É conhecida em todo o Mediterrâneo e Ásia Ocidental com usos muito variados principalmente pelas suas propriedades medicinais.

Da família das labiadas (Mentha pulegium – Lineu) cresce espontaneamente nos lugares húmidos e inundados do sul de Portugal ou junto de pequenos cursos fluviais onde pode ser encontrada entre outros tipos de plantas.

De folhas verdes lanceoladas, levemente serrilhadas, caules erectos, quadrangulares com muitas ramificações dispostas opostamente. Flor roxa.

O poejo é muito utilizado na culinária alentejana, na confecção de variadíssimos pratos, tirando partido do agradável gosto que esta planta proporciona.

O alcoutenejo utiliza-o sobretudo na confecção de açordas (macerado) substituindo muitas vezes os coentros ainda que apareça também noutros pratos e saladas.

A nível medicinal foi sempre e é muito utilizado contra as constipações e como expectorante. Ultimamente conheci alcoutenejos que o utilizavam em chá para controlar o colesterol.

Noutras zonas é tomado como calmante, contra as insónias, bronquite, asma, dores reumáticas, acidez do estômago, enjoo e contra a formação de gases intestinais.

O termo pulegium deriva da palavra latina pulex (pulga) e deve-se ao antigo costume de queimar poejo no interior das casas para repelir estes insectos.

Alivia a dor quando aplicado sobre a picada de insectos.

No Sul do país utilizam-no para a preparação, depois de seco, de um apreciável licor com cor esverdeada.

O apresentado na foto foi feito no concelho de Alcoutim com poejos lá criados e a aguardente é ribatejana.