Foi mais um termo que aprendi no
concelho de Alcoutim e não há muitos anos.
Omisso em vários dicionários da
Língua Portuguesa que consultei, aparece-me no “Dicionário Editora” de Almeida
Costa e Sampaio e Melo, 5ª Edição, 1977 e tendo como um dos significados,
pequeno chocalho, precisamente o que já conhecia.
No Dicionário da Língua
Portuguesa Contemporânea – Academia das Ciências de Lisboa – Verbo, 2001, é
apresentado com o mesmo significado e como um regionalismo próprio do Alentejo.
Não admira que o Dicionário do falar Algarvio, de Eduardo
Brazão Gonçalves, 1ª Edição, 1988 o traga com o mesmo significado. É óbvio que
assim aconteça, pois o Baixo Alentejo confina com o Algarve e daí a troca de
muitos termos e até alguns usos e tradições, principalmente com a Serra
Algarvia que quando vai ao Litoral diz que vai ao “Algarve”.
A configuração da esquila
assemelha-se mais a um sino do que a um chocalho, pois a “boca” é mais larga
que a parte restante, enquanto no chocalho, é de uma maneira geral igual ou
mais estreita.
A liga do material de que é feito
também é diferente da utilizada nos chocalhos.
As esquilas que são, de uma
maneira geral, de pequenas dimensões, utilizam-se em animais de menor corporatura
como o gado caprino ou ovino e nos guias. O seu toque característico identifica
o local onde se encontram.
Enquanto nos chocalhos os badalos
constituem normalmente peças de madeira (azinho), aqui são redondos e do mesmo
metal.
Os pescadores à linha em Alcoutim
utilizavam-na presa a um arame dando assim sinal ao pescador, quando o peixe
picava.