Atingi a reforma de escrever sobre Alcoutim, mas não vou apresentar o requerimento para que tal aconteça. Aqui não há o limite dos 70, valha-nos isso!
Fez no passado dia 10 trinta e seis anos que escrevi em nome individual o primeiro artigo sobre Alcoutim e que teve por título Lembrando o Dr. João Francisco Dias no 18º Aniversário do seu Falecimentoe que foi publicado no nº 833, de 10 de Março de 1973, do Jornal do Algarve.
Foi assinado com o meu pseudónimo, José Varzeano, que na altura e mesmo muito tempo depois, ninguém conhecia.
Penso que na altura era o trabalho mais completo, a nível de informação sobre o consagrado clínico, visto um dos seus filhos, sem saber quem era o José Varzeano, assim me o informou, tendo-o remetido para quem, de Lisboa, tinha solicitado os dados.
Quando me disse que gostaria de conhecer o José Varzeano, não tive coragem de encobrir, dizendo-lhe que estava falando com ele. Isto aconteceu na Vila de S. Brás de Alportel.
Ainda que com algumas interrupções motivadas por várias razões e em que se incluía a minha falta de tempo devido à absorção total da profissão, foram-se publicando vários artigos nomeadamente de índole histórica, mas não só.
Poderei informar os meus leitores que na imprensa regional foram já publicados 110 e poderiam ter sido muitíssimos mais se houvesse interesse nisso e espaço, o que é sempre alegado, mesmo que as razões possam ser de outra índole.
Neste blogue com nove meses de existência já lá vão mais de 140 o que perfaz duas centenas e meia.
Nunca escrevi coisas de encomenda e muito menos para qualquer recompensa, fosse a que título fosse. Sempre existiu gente com quem não gosto de misturar-me.
A profissão que abracei possibilitou-me uma vida simples e honesta, fazendo face às minhas necessidades e dos meus. Orgulho-me de ter alcançado o topo da minha carreira obtido através de concursos públicos a nível nacional e não em fantochadas.
Apesar dos meus trinta e seis anos de escrita dando a conhecer Alcoutim, não vou ficar por aqui, escreverei enquanto as minhas faculdades o permitirem e creiam que ainda tenho muito para dizer e escrever.
Recuso-me a ser medalhado de oiro ou de lata visto serem condecorações com destinos óbvios e nenhuma delas se encaixa em mim.