segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Altar da Igreja da Misericórdia de Alcoutim



A Câmara Escura de hoje foi possível, mais uma vez, pela colaboração do alcoutenejo José Madeira Serafim.

Tinha na memória que esta fotografia tinha foi pouco tempo antes da destruição completa do altar-mor da Igreja da Misericórdia, já se sabia que isto ia acontecer e foi-o. Segundo então me disse o José Madeira Serafim, para não se perder a imagem, já que iria tudo desaparecer como de facto aconteceu.

Não se pode dizer que se tratava de um trabalho valioso, pelo contrário e que tinha por base a pintura marmórea que igualmente foi utilizada na capela de Sto. António.

O arco triunfal tinha a era de 1819 e pintadas as armas de D. João VI.

A última pintura, porque certamente a anterior estaria em mau estado, teve lugar em 1885 e lembro-me perfeitamente que esse facto ficou atestado na parte interior, pois podia-se ler: Esta rectificação de pintura mandou fazer o provedor Manoel A. Torres e a Mesa que serviu em 1885 e concluía com – E feita por João S. Leiria.
Posso informar que o escrivão era António Joaquim Botelho e o tesoureiro José Joaquim Delicioso.

Esta igreja que serviu de matriz enquanto a outra esteve em ruínas e em obras de restauro, foi transformada numa simples casa-mortuária.

Só agora me foi possível recordar que o livro de As Misericórdias do Algarve, 1968, também a traz.

Para terminar repito o que já aqui escrevi, lembro-me muito bem do brasão de armas de D. João VI ter sido recolhido no lixo pela filha de um alcoutenejo.