A temática desenvolvida tem a ver, como o título indica, com
aspectos etnográficos que abrangem a região do Algarve, nomeadamente, o
Litoral.
O Algarve retratado nestas dezenas de artigos constituía a
azáfama de uma vida que o turismo veio transformar.
Desde o património construído que passa pela habitação, chaminés,
moinhos, noras mouriscas, poços, eiras, fornos de pão ou de cal, passando pelos
carros de mula ou cegonhas de tirar água, tudo está descrito com o cuidado
exigível, muitas vezes alicerçado nas informações de quem com a matéria
conviveu.
Muitos dos exemplares referidos na altura encontravam-se em
completa ruína e em vias de extinção, pelo que o trabalho tentava chamar a
atenção para o facto de se ir perdendo a memória colectiva.
O Natal Algarvio com as suas características muito próprias,
as charolas, o Carnaval, as maias e muitos mais aspectos são tratados nesta
colectânea.
Não são esquecidos os trajes , o canto e a alimentação, tal
como os passatempos.
Existem coisas semelhantes ao que se passava na Serra, mas também se notam diferenças.
A edição pertenceu à Secretaria de Estado da Cultura – Faro,
1994 que me ofereceu o exemplar.