quarta-feira, 21 de outubro de 2009
História de Portugal - II Vol. (1415-1495)
No Escaparate de hoje iremos abordar o II Vol. da História de Portugal, de Joaquim Veríssimo Serrão, Editorial Verbo. De formato idêntico ao I Vol. é composto por 373 páginas.
Este volume trata da FORMAÇÃO DO ESTADO MODERNO. É dos tomos publicados até agora, o que possui maior número de referência a Alcoutim.
Assim:
Pádg. 246
Vida municipal
Foram mais tardias as obras municipais no Algarve, onde, em 1475, o panorama era desolador quanto a fortificações militares: os castelos de Alcoutim, Castro Marim e Cacela tinham os muros derrubados, o mesmo sucedendo com a maior parte dos muros de Tavira (…)
Pág. 251
Coutos de homiziados
A política régia de protecção aos homiziados manteve-se no reinado de D. Afonso V levando por variáveis razões à instauração de coutos em Colmenar das Donas (1450), Alcoutim (1458), Vilar de Mouros, Caminha (1462), Odemira (1465) (…)
Pág. 256
Judeus
Nos finais do século XIV havia várias comunas judaicas, sendo as mais importantes Lisboa, Santarém, Coimbra, Porto, Guarda, Évora e Faro.
(…)
A partir da segunda metade do século XV, devido à aglomeração dos judeus em várias terras, surgiram novas comunas em todo o Reino. Assim, ao Norte do País (…) Na parte que respeita ao sul do Tejo, surgem bairros judaicos em Avis, Crato, Fronteira, Évora-Monte, Estremoz, Palmela, Juromenha, Alvito, Beja, Moura, Alcoutim, Silves, Portimão e Alvor- Tal facto permite defender que a presença social dos hebreus já era marcante no Reino antes da forçada imigração de Castela, o que comprova a importância desse estrato da população no período que se abre com a dinastia de Avis.
Pág. 272
Moinhos e azenhas
Nos últimos anos do século XV, tem-se notícia da existência de moinhos em Leiria, Fundão, Tavira, Ota, Pernes, Trancoso, Lamego, Alcoutim, Loulé, Lagos, (…) Havia vários engenhos de água na região de (…)
Págs 283 e 284
Alfândegas e portos secos
O surto do comércio externo ao longo do século XV traduziu-se no movimento alfandegário e dos portos secos (…) No que respeita sobretudo ao comércio terrestre com o reino vizinho, tornou-se considerável o número de pontos de ligação, quer em regime de alfândega (Caminha, Chaves, Alfândega da Fé, Alcoutim e Castro Marim), quer de portos (…)
Diogo Pereira, «nosso criado», obteve a recebedoria da Alfândega de Alcoutim (carta de 9 de Maio de 1475)
Pág. 321
Humanismo e tipografia
Pelo ano de 1485 veio para o Reino o humanista italiano Cataldo Parício Sículo, crê-se que atraído por D. Fernando Coutinho, futuro bispo de Lamego, ainda que a tradição mantenha que foi o Príncipe Perfeito que o chamou para a educação do bastardo D. Jorge, que vivia junto de D. Joana no Convento de Jesus de Aveiro. O humanista passou depois ao serviço da corte estabelecendo relações com os nossos letrados e cortesãos (…) o que levaram Costa Ramalho a considerá-lo o introdutor do Humanismo em Portugal. (…) Mas a existência de nomes como D. Pedro de Meneses, conde de Alcoutim (…) basta para compreender o ambiente cultural, de raiz italiana que se viveu no Reino na última fase do século XV.