Este tipo de balança para determinar o peso de um corpo em
relação a uma certa unidade, normalmente o quilograma, foi bastante usado no
concelho de Alcoutim onde havia, pelo menos um, mestre na sua feitura, sendo
considerada muito eficiente e conhecida no concelho e redondezas. Não era
qualquer ferreiro que a fazia.
Os porcos e outros animais, depois de limpos, passavam pela
sua avaliação tal como as sacas de produtos agrícolas como amêndoas, alfarrobas,
batatas, trigo, etc.
É constituída por uma barra de aço facetada, de secção quadrangular
na qual estão inseridas ranhuras equidistantes, um peso designado pilão e três
ganchos.
Para graduar a vara, colocava-se um cursor num ponto em que
o travessão ficasse horizontal sem que houvesse nenhum corpo suspenso. Esse
sítio, o de equilíbrio, era marcado como ponto zero.
Agora com o auxílio da suspensão de um peso de 10 kg repete-se a manobra e
quando se obtiver a horizontalidade da barra, no lugar em que estiver o peso
suspenso outra ranhura marcará 10. Obtida a distância entre o ponto zero e o
ponto dez, esta será dividida em dez ranhuras absolutamente à mesma distância
umas das outras, significando assim, que a deslocação de uma para a outra a
variante é de um quilo. A graduação da barra continua e normalmente estas
balanças estão graduadas para pesagem até 150 kg . ainda que as haja
até 100.
O pilão que pesa um quilo e se vai deslocando até ao
equilíbrio, está suspenso de um gancho aguçado de maneira que se possa fixar
nas ranhuras.
Para a sua utilização, como já se disse, eram necessárias
três pessoas. Metia-se um pau bastante forte num dos ganchos que depois era
elevado por dois homens. A terceira pessoa ia mudando o pilão até encontrar o
peso certo.
Admitimos que o nome tenha a ver com o povo que a teria
introduzido no país.