domingo, 13 de junho de 2010

Ribeira de Odeleite

[Monte das Madeiras. Pontão visto do sul. Foto JV, 2010]

É um dos três principais cursos de água, afluentes do rio Guadian,a que passa pelo concelho de Alcoutim.

Corre na parte sul da freguesia de Vaqueiros, tem a sua nascente no Vale de Maria Dias, próximo do Serro das Zebras (Serra do Caldeirão), vai desaguar no Guadiana, próximo da povoação da Foz, freguesia de Odeleite que lhe foi buscar o nome, tal como a aldeia que a encabeça.

Tem um curso aproximado de sessenta quilómetros. (1)

Nas suas margens desenvolvem-se grandes canaviais, alguns álamos e manchas de loendro.

Em locais propícios praticava-se alguma horticultura e plantavam-se árvores, nomeadamente laranjeiras e oliveiras.

[A Ribeira de Odeleite entre o Fernandilho e os Bentos. Foto JV, 2010]

As ribeiras foram muito aproveitadas para a edificação de azenhas, pois havia necessidade de transformar os cereais que por aqui se cultivavam em farinha, principalmente de trigo, ainda hoje base de alimentação da gente desta região. No concelho de Alcoutim, mais propriamente na freguesia de Vaqueiros, temos conhecimento da existência do moinho dos Bentos, da Várzea (ou da Rocha) e o da Malhada que ainda funcionava nos anos oitenta.

As águas têm interesse para os pescadores e apreciadores de lampreias.

No concelho de Alcoutim é atravessada por duas grandes pontes, uma situada próximo do monte dos Bentos e outra dos Galachos, pelo que são conhecidas por estas designações. Estas pontes, tal com o pontão das Madeiras, uniram o norte com o sul da freguesia de Vaqueiros e são obras realizadas depois do 25 de Abril.

No Barranco da Figueirinha, afluente da Ribeira de Odeleite, próximo do monte de Fernandilho, foi construída uma barragem destinada essencialmente para rega.

[Ponte dos Galachos. Foto JV, 2010]
NOTA

(1)-Portugal Antigo e Moderno, A.S. B de Pinho Leal.