quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Reentrada - a diferença

Ao reiniciar a actividade do ALCOUTIM LIVRE, após um mês de férias, havia necessidade de escolher um tema para abrir.

Durante o período de descanso, chegaram-nos através de e-mail algumas manifestações sobre tal circunstância, mas não tantas como se possa pensar.

Poderá isso ter várias explicações, desde o aspecto cansativo que o mesmo teria provocado em grande parte aos visitantes / leitores até ao facto de se ter anunciado o intuito de voltar, ainda que não fosse indicado qualquer prazo.

A postagem nº 1000, com esse testemunho foi colada aos primeiros minutos do dia 31 de Dezembro e no minuto 20 recebi um e-mail que tinha por título ALCOUTIM LIVRE, SEMPRE!

... José Varzeano. Fico-lhe (e tb aos demais colaboradores) grato pela atenção dedicada a Alcoutim e suas gentes. Espero que retome os postais o mais rapidamente possível. Com toda a consideração, agradecido,... ...

Trinta palavras chegaram para manifestar a sua gratidão.

Até aqui pensamos ser tudo normal; acontece, contudo, que a mesma pessoa foi a primeira a manifestar-se logo nos primeiros dias da existência do blogue e fê-lo nos seguintes termos, como já demos a público: Felicito-o pelo seu blogue que mão amiga de Alcoutim me fez chegar, tanto por ser uma voz dessa terra tão antiga e sempre tão pobre e esquecida, como pelo real prazer que retiro da sua escrita e do seu testemunho.
E continua: Alcoutenejo (nascido em … … há 53 anos, (hoje terá 56 / 57) daí saí com a idade de meses) lembro sempre esse “sertão” e vou tentando seguir, embora de longe, o seu dia a dia.
O seu blogue vai passar a ser, claro, meio precioso e privilegiado de saber novas de toda essa região.
Agradeço-lhe antecipadamente, por isso e faço votos para prosseguir no seu trabalho.

... ...

Já não é muito vulgar ser o primeiro nas duas ocasiões, mas ainda há mais:- o referido leitor, segundo cremos, assíduo, não o conhecemos, ainda que tenhamos trocado e-mail sobre Alcoutim e o seu concelho, sempre que a oportunidade se nos deparou.

Mas não ficamos por aqui. O que liga este alcoutenejo à terra onde nasceu, ele que saiu daqui de tenra idade, acompanhando os pais, que procuravam melhores condições de vida?

São estes alcoutenejos que muito admiramos, apesar de afastados estão sempre bem perto, enquanto outros que estão perto, notam-se distantes.

Não é o único caso que conhecemos, existem mais e não só em Alcoutim, mas em todas as terras do país.



A única coisa que receberam foi o ter aqui nascido. Em contrapartida preocupam-se com ela, com o seu desenvolvimento, não escondendo que são de cá naturais, até o fazendo com orgulho. São daquele economicamente paupérrimo concelho da serra do Caldeirão, mas que nem por isso deixa de ter as suas virtudes.

A diferença é muito simples: ENQUANTO UNS SERVEM ALCOUTIM OUTROS SERVEM-SE DE ALCOUTIM e isto acontece em qualquer parte do MUNDO relativamente a cada terra de naturalidade.