quinta-feira, 8 de março de 2012

O covo



Arte de pesca bem antiga e rudimentar utilizada tanto na água doce como na salgada.

Aqui interessa-nos referir o covo utilizado no rio Guadiana e que já referimos no nosso trabalho Alcoutim, Capital do Nordeste Algarvio (Subsídios para uma monografia), Edição da CMA, 1985.

Espécie de cesto afunilado era confeccionado com aquilo que por aqui existia, vime ou cana. Eram abundantes os canaviais no rio e seus afluentes tal como os álamos (no século XIX designados por álemos termo ainda existente em dicionários e que caiu em desuso em favor de álamo) e outras árvores de espécies semelhantes, fornecedoras das vergas e igualmente vulgares próximo do rio.

Colocado junto à margem a ele se prendia e era iscado com tremoço destinando-se ao barbo e com uso principalmente no Inverno. O peixe ao entrar e por um sistema rudimentar já não tinha possibilidades de sair.

Os covos usados no mar, ainda que a base seja a mesma, têm formatos muito diferentes dependendo de vários factores e das espécies que se pretendem capturar. Além disso foram-se transformando pela utilização de materiais entretanto aparecidos no mercado destacando-se nesse aspecto as redes de plástico.