A síntese histórica da Província é assinada pelo algarvio
Mário Lyster Franco e ilustrada pelo brasão de todos os concelhos que
constituem o distrito.
Na Exposição de Arte Sacra e em Utensílios de Altar,
estiveram presentes: (13) - Cálix – de
prata dourada, mandado vir por D. Francisco Gomes. P. à freguesia de
Martinlongo, (22) – Custódia-cálix da freguesia de Martim-Longo. No género das
precedentes mas mais ornada, (25) – Custódia-cálix da freguesia de Giões.
Tamanho médio. Campainhas pendentes do ostensório.” Como Utensílios de Culto o concelho de
Alcoutim fez-se representar: (14) – Cruz
paroquial de Giões, de prata lavrada. Antiga. (15) – Cruz paroquial de
Martim-Longo. De prata lavrada. Antiga. (20) – Palio branco - da igreja de
Martim-Longo. Uma colcha da Índia a que se aplicaram sanefas, formando assim o
palio. Quanto a Vestes Sagradas a representação fez-se por (8) Paramento para missa cantada – tecido
persa com fundo branco. Muito antigo. Composto de casula, dalmáticas, pluvial,
estolas e manípulos, bolsa de corporais. Pertence à igreja de Giões. (9) Véu de
ombros – de lhama branca, com aplicações de lhama de outras cores e bordados a
ouro, feitos à cerca de um século (1840)
na própria freguesia de Giões, a que pertence (11) – Casula de brocado de prata
sobre fundo de um formoso rosáceo. Pertence à freguesia de Martim-Longo.
Por último e relativo a Roupas de Altar – (17)
– Frontal branco. Tecido oriental. Pertence à freguesia de Giões.
Admira-nos de não haver nada em exposição das três restantes
freguesias, Vaqueiros, Pereiro e Alcoutim, principalmente desta última.
O texto que se apresenta é assinado pelo P. José António
Pinheiro e Rosa..
No artigo “Os Arquivos Municipais do Algarve e a
Restauração”, assinado por Alberto Iria, transcrevemos o seguinte parágrafo: - De Alcoutim, onde as campanhas da
Restauração mais duramente se fizeram sentir no Algarve, sobretudo na de 1642,
pelo constante duelo de artilharia com o castelo fronteiriço de S. Lucar do
Guadiana, sabemos que, de 1833 – 1834 “ as guerrilhas das lutas liberais
inutilizaram, pelo incêndio, todos os arquivos existentes na sede deste concelho.
Na conclusão 10 o autor refere: A luta no Algarve gira em torno das praças fronteiriças de Alcoutim e
Castro Marim sobretudo na campanha de 1642.
Luís Chaves em “As Estradas Arcaicas do Algarve” indica
vestígios romanos em Martim-Longo, Cortes Pereiras e Alcoutim.
Nas “Notas sobre as Amendoeiras”, o autor refere... algumas plantações junto de Alcoutim, de
produção bastante precária.
Dos objectos de Arte Sacra expostos só conhecemos a Cruz Paroquial de Giões, uma linda peça
de prata lavrada, o que teve lugar haverá 30 anos.
A execução gráfica foi da responsabilidade de Bertrand
(Irmãos), Lisboa, 1942.
Resta-nos dizer que o livro foi-nos transmitido, entre
outros, por nosso pai. Mandámo-lo encadernar, tem lombada e cantos de carneira
e é um trabalho artesanal.