quarta-feira, 8 de maio de 2013

Ainda sobre o navio de carga "Alcoutim"


Publicámos no dia 7 de Abril do corrente ano, neste espaço, o pouco que recolhemos sobre o navio de carga Alcoutim, nomeadamente as suas características.

O nosso amigo e colaborador Gaspar Santos já tinha lembrado o seu reconstrutor, o Eng .João Farrajota Rocheta, algarvio de Loulé.

Depois da publicação do pequeno texto quis um nosso leitor, ocasional ou habitual, ter a amabilidade de nos enviar em PDF um texto publicado na VISÃO, de 17 de Março de 2011, pp 106 e 108, assinado por João Dias Miguel onde nos revela a história de tal embarcação.

Além dos breves elementos que conseguimos recolher viemos a saber que em 14 de Maio de 1944 e durante a II Guerra Mundial o S.S. Fort Fidler, que veio a converter-se no  “Alcoutim”, quando se encontrava integrado num comboio Aliado de mercadorias foi torpedeado no Mediterrâneo por um submarino alemão.

Apesar de ter ficado com a proa muito danificada conseguiu atracar ao porto de Oran, na Argélia onde recebeu reparações de emergência.

A tripulação sobreviveu toda e o submarino alemão foi atingido pelos Aliados.

O Fort Fidler é rebocado para a doca da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, onde permanece inactivo até 1946, quando é comprado pelo Grupo CUF e reconstruído sob a orientação do Eng. Farrajota Rocheta, tendo navegado desde 1947 até 1972, com o nome “Alcoutim” fazendo a ligação entre Lisboa e as então colónias ultramarinas.

O método usado na  reconstrução do navio pelo engenheiro português “tornou-se na forma corrente de transformar petroleiros em superpetroleiros, um processo conhecido como jumboing “.

O meu agradecimento ao leitor A. Salvador pelo cuidado que teve em fornecer-me a documentação da qual extraí este texto no sentido de o dar a conhecer aos nossos leitores que dele não tivessem tido conhecimento, como a nós nos acontecia.