Publicámos no dia 7 de Abril do corrente ano, neste espaço,
o pouco que recolhemos sobre o navio de carga Alcoutim, nomeadamente as suas
características.
O nosso amigo e colaborador Gaspar Santos já tinha lembrado
o seu reconstrutor, o Eng .João Farrajota Rocheta, algarvio de Loulé.
Depois da publicação do pequeno texto quis um nosso leitor,
ocasional ou habitual, ter a amabilidade de nos enviar em PDF um texto
publicado na VISÃO, de 17 de Março de 2011, pp 106 e 108, assinado por João
Dias Miguel onde nos revela a história de tal embarcação.
Além dos breves elementos que conseguimos recolher viemos a
saber que em 14 de Maio de 1944 e durante a II Guerra Mundial o S.S. Fort Fidler,
que veio a converter-se no “Alcoutim”,
quando se encontrava integrado num comboio Aliado de mercadorias foi torpedeado
no Mediterrâneo por um submarino alemão.
Apesar de ter ficado com a proa muito danificada conseguiu
atracar ao porto de Oran, na Argélia onde recebeu reparações de emergência.
A tripulação sobreviveu toda e o submarino alemão foi
atingido pelos Aliados.
O Fort Fidler é
rebocado para a doca da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, onde permanece
inactivo até 1946, quando é comprado pelo Grupo CUF e reconstruído sob a orientação
do Eng. Farrajota Rocheta, tendo navegado desde 1947 até 1972, com o nome “Alcoutim”
fazendo a ligação entre Lisboa e as então colónias ultramarinas.
O método usado na
reconstrução do navio pelo engenheiro português “tornou-se na forma
corrente de transformar petroleiros em superpetroleiros, um processo conhecido
como jumboing “.
O meu agradecimento ao leitor A. Salvador pelo cuidado que
teve em fornecer-me a documentação da qual extraí este texto no sentido de o
dar a conhecer aos nossos leitores que dele não tivessem tido conhecimento,
como a nós nos acontecia.