sábado, 4 de agosto de 2012

Para ser um homem, salto para cima de uma cadeira!



Tirada em Alcoutim há 80 ANOS!

O rapaz (localmente mocito) para mostrar a sua supremacia e tentar afirmar-se perante as irmãs e ser mais alto era um dos parâmetros, em vez de ficar sentado no bonito cadeirão de verga (teria vindo da Madeira?) subiu para ele e pôs-se de pé.

De olhar fixo e penetrante, cabelo liso e de risco ao lado, eu também assim o usei na mesma idade, pertencendo às minhas irmãs essa tarefa, que admito aqui, terem nelas a mesma execução.

Este rapazito já queria ser um homem, acabou por sê-lo em todos os sentidos mas com um H GRANDE, o que muitos não conseguem.

Obteve essa distinção pelo seu trabalho ao longo de toda uma vida, pela sua inteligência, verticalidade, competência profissional e como filho, esposo, pai, avô, familiar e amigo. Um verdadeiro exemplo a nível profissional.

Não se trata de um rapazeco que para ser homem procura vestir as calças do pai que são estreitas e quando se volta para as do patrão também não lhe servem por serem largas!

É verdade, já me esquecia de dizer quem é este rapazito que quis ser homem e foi-o.

É um tal que foi arrancado pela raiz, como rosmaninho e que escreveuplantem-me solitário/ num cerro duro e seco de Alcoutim  para alimento de estevas, de rosmaninho e de alecrim.”

Por certo que os mais assíduos leitores do ALCOUTIM LIVRE já descobriram de quem se trata. Sim, é verdade, é José Temudo, o decano dos nossos colaboradores, que nos vai presenteando com a sua prosa e poesia.

Um abraço para ele e para a mana que ainda o acompanha, Sra. D. Helena Temudo.