Tirada em Alcoutim há 80 ANOS!
O rapaz (localmente mocito) para mostrar a sua supremacia e
tentar afirmar-se perante as irmãs e ser mais alto era um dos parâmetros, em
vez de ficar sentado no bonito cadeirão de verga (teria vindo da Madeira?)
subiu para ele e pôs-se de pé.
De olhar fixo e penetrante, cabelo liso e de risco ao lado,
eu também assim o usei na mesma idade, pertencendo às minhas irmãs essa tarefa,
que admito aqui, terem nelas a mesma execução.
Este rapazito já queria ser um homem, acabou por sê-lo em
todos os sentidos mas com um H GRANDE, o que muitos não conseguem.
Obteve essa distinção pelo seu trabalho ao longo de toda uma
vida, pela sua inteligência, verticalidade, competência profissional e como
filho, esposo, pai, avô, familiar e amigo. Um verdadeiro exemplo a nível
profissional.
Não se trata de um rapazeco que para ser homem procura
vestir as calças do pai que são estreitas e quando se volta para as do patrão também não lhe servem por serem
largas!
É verdade, já me esquecia de dizer quem é este rapazito que
quis ser homem e foi-o.
É um tal que foi arrancado pela raiz, como rosmaninho e
que escreveu“plantem-me solitário/ num cerro duro e seco de Alcoutim para
alimento de estevas, de rosmaninho e
de alecrim.”
Por certo que os mais assíduos leitores do ALCOUTIM LIVRE já
descobriram de quem se trata. Sim, é verdade, é José Temudo, o decano dos
nossos colaboradores, que nos vai presenteando com a sua prosa e poesia.
Um abraço para ele e para a mana que ainda o acompanha, Sra.
D. Helena Temudo.