terça-feira, 9 de outubro de 2012

As flores negras das nossas consciências!




Escreve

M Dias


Surgem-nos cada vez em maior número Palmas, Coroas, Ramos que simbolizam o luto, a dor, a tristeza de quem lá perdeu um ente querido. Na maioria dos casos filhos jovens, maridos, (pais de filhos pequenos) e também algumas mulheres, jovens, quase sempre.

Essas flores a que chamo negras, são negras como a cor da estrada e da alma de quem assistiu assim ao final bruto e inesperado de uma vida. E estão em todas as estradas, cada vez em maior número, de norte a sul, de leste a oeste! Todos temos ideia dos factores que estão na origem de tal razia, mas, como impedir? Será que alguém sabe? Todos sabemos! Então, porque não fazemos nada? Os jovens são o futuro de uma nação.

Todos sabemos. E todos sabemos que existem locais onde se podem encontrar à descrição e até se incentiva o seu consumo, substâncias altamente lesivas do estado de consciência e reflexos, necessários para conduzir em segurança. Nos últimos anos encontramos, frequentemente, estabelecimentos de venda de bebidas, onde a partir de determinada hora se pode consumir mais por menos, sendo que por exemplo uma cerveja passa a custar metade do valor, e em geral essas horas são para o final do dia.

Por outro lado, os jovens hoje divertem-se a partir da meia-noite, hora a que na minha juventude os locais de divertimento encerravam.

Sabemos que o relógio biológico do ser humano não funciona ao contrário do horário solar sem que para isso haja desgaste, cansaço, adinamia, sonolência nas horas em que é necessário estar atento. Estaremos condenados a um extermínio periódico de seres humanos como foram as guerras, as doenças epidémicas e/ou pandémicas?

Apetece perguntar: Porquê?