Escreve
M Dias
Surgem-nos cada vez em
maior número Palmas, Coroas, Ramos que simbolizam o luto, a dor, a tristeza de
quem lá perdeu um ente querido. Na maioria dos casos filhos jovens, maridos,
(pais de filhos pequenos) e também algumas mulheres, jovens, quase sempre.
Essas flores a que chamo
negras, são negras como a cor da estrada e da alma de quem assistiu assim ao
final bruto e inesperado de uma vida. E estão em todas as estradas, cada vez em
maior número, de norte a sul, de leste a oeste! Todos temos ideia dos factores
que estão na origem de tal razia, mas, como impedir? Será que alguém sabe?
Todos sabemos! Então, porque não fazemos nada? Os jovens são o futuro de uma
nação.
Todos sabemos. E todos
sabemos que existem locais onde se podem encontrar à descrição e até se
incentiva o seu consumo, substâncias altamente lesivas do estado de consciência
e reflexos, necessários para conduzir em segurança. Nos
últimos anos encontramos, frequentemente, estabelecimentos de venda de bebidas,
onde a partir de determinada hora se pode consumir mais por menos, sendo que
por exemplo uma cerveja passa a custar metade do valor, e em geral essas horas
são para o final do dia.
Por outro lado, os jovens
hoje divertem-se a partir da meia-noite, hora a que na minha juventude os
locais de divertimento encerravam.
Sabemos que o relógio
biológico do ser humano não funciona ao contrário do horário solar sem que para
isso haja desgaste, cansaço, adinamia, sonolência nas horas em que é necessário
estar atento. Estaremos condenados a um extermínio periódico de seres humanos
como foram as guerras, as doenças epidémicas e/ou pandémicas?
Apetece perguntar:
Porquê?