Assento acolchoado que se coloca no dorso do cavalo, para
maior comodidade do cavaleiro, é designação basilar e comum.
O exemplar que apresentamos, que foi usado e ainda existe em
Alcoutim, deverá ter perto de oitenta anos e foi ele que nos possibilitou esta
abordagem.
Até meados do século passado foi relativamente vulgar no
concelho de Alcoutim e utilizado por alguns dos chamados lavradores locais.
Eram usados, principalmente, em machos ou mulas ,pois o cavalo, animal menos
resistente a estes terrenos, era muito menos frequente.
Na altura em que a diferença era feita entre quem se
apresentava num macho gordo, bem aparelhado e em que a sela era peça principal
e quem se transportava num burro e montado numa albarda. Hoje a diferença é
feita entre os automóveis topo de gama e os populares, entre os veículos
“políticos” do concelho e os do povo.
Existem muitos tipos de sela, além da portuguesa temos a
americana, originária do México e introduzida pelos espanhóis e a inglesa a
mais divulgada no mundo.
A sela portuguesa engloba vários modelos entre os quais “D.
Dinis”, “Ribatejo” e “Relvas”.
É feita com couro de suíno e tiras de metal que ficam ao
longo da armação para lhe dar mais elasticidade e consistência.
Esta sela portuguesa é composta pelo assento (a parte
central), a patilha, a de trás e o cepilho, a da frente. As partes laterais são
as abas e por baixo ficava o suadouro.
Além da sela encontram-se os estribos, uma peça que fica
presa nas laterais da sela por um tipo de cinto de couro que serve para apoio e
dar impulso ao montar o animal.
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Dicionário Prático Ilustrado, Lello & Irmão – Editores,
Porto, 1972
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