domingo, 30 de dezembro de 2012

A sela

 
 
Assento acolchoado que se coloca no dorso do cavalo, para maior comodidade do cavaleiro, é designação basilar e comum.
 
O exemplar que apresentamos, que foi usado e ainda existe em Alcoutim, deverá ter perto de oitenta anos e foi ele que nos possibilitou esta abordagem.
 
Até meados do século passado foi relativamente vulgar no concelho de Alcoutim e utilizado por alguns dos chamados lavradores locais. Eram usados, principalmente, em machos ou mulas ,pois o cavalo, animal menos resistente a estes terrenos, era muito menos frequente.
 
Na altura em que a diferença era feita entre quem se apresentava num macho gordo, bem aparelhado e em que a sela era peça principal e quem se transportava num burro e montado numa albarda. Hoje a diferença é feita entre os automóveis topo de gama e os populares, entre os veículos “políticos” do concelho e os do povo.
 
Existem muitos tipos de sela, além da portuguesa temos a americana, originária do México e introduzida pelos espanhóis e a inglesa a mais divulgada no mundo.
 
A sela portuguesa engloba vários modelos entre os quais “D. Dinis”, “Ribatejo” e “Relvas”.
 
É feita com couro de suíno e tiras de metal que ficam ao longo da armação para lhe dar mais elasticidade e consistência.
 
Esta sela portuguesa é composta pelo assento (a parte central), a patilha, a de trás e o cepilho, a da frente. As partes laterais são as abas e por baixo ficava o suadouro.
 
Além da sela encontram-se os estribos, uma peça que fica presa nas laterais da sela por um tipo de cinto de couro que serve para apoio e dar impulso ao montar o animal.
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Dicionário Prático Ilustrado, Lello & Irmão – Editores, Porto, 1972
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