sábado, 29 de dezembro de 2012

Analisando a rubrica "Figuras do Baixo Guadiana"

Sérgio Pica trabalhando no seu "atelier" na Ribeira de Santarém.
Foto cedida por seu filho Bruno Ribeiro.

Quando criámos esta rubrica tencionávamos que fosse bem abrangente dos quatro concelhos que constituem a região designada por Baixo Guadiana, ou seja, os concelhos de Mértola, Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António.

Se nas primeiras postagens isso foi evidente, acabámos por nos dedicar mais às alcoutenejas, já que era dessas que possuíamos maior informação através de pesquisas que temos feito ao longo destes últimos 40 anos.

Penitenciamo-nos por o não ter feito em relação aos outros concelhos, pelo que a diferença entre o número de alcoutenejos e os outros é considerável. O tempo não chega para tudo!

São até hoje 39 as “Figuras” abordadas e a nível de movimento verificámos o seguinte:

 
1º - Sérgio Pica (2010.04.28)

2º - António José Madeira de Freitas (2009.04.21)

3º - Maria Eduarda de Freitas (2008.07.16)

4º - Marina Ramos Themudo (2009.05.07)

5º - António Vicente Campinas (2009.02.07)

Dos cinco mais procurados e nos termos que temos vindo afirmando quando fazemos análises deste tipo, quatro, naturalmente, são alcoutenejos, dos verdadeiros, daqueles que lá nasceram.

A figura grada de António Vicente Campinas, vila-realense e antifascista é a excepção.

A primeira posição é ocupada a distância considerável, pelo que foi pintor de arte profissional, autodidacta, Sérgio Pica que nasceu nos Balurcos, “monte” do Deserto.

Seguidamente, surge o Padre António José Madeira de Freitas (tio), uma das figuras centrais alcoutenejas do século XIX, ocupando o 3º lugar a republicana Maria Eduarda de Freitas, uma mulher plurifacetada, a que recentemente foi dado o seu nome a uma “quelha” na Vila de Alcoutim.

Encerra o escol alcoutenejo, Marina Ramos Themudo, que saibamos a única doutorada nascida na vila de Alcoutim. Esta é mesmo doutora e não dra, não haja confusão.

Nunca é demais voltar a referir que esta classificação nada tem a ver, nem de perto nem de longe, com o valor real das pessoas, mas não deixa de ser uma curiosidade.

Admitimos que a sua procura signifique o desconhecimento e curiosidade dos alcoutenejos pelas “figuras” que lhe apresentamos em pequenas notas biográficas que conseguimos organizar.