Sérgio Pica trabalhando no seu "atelier" na Ribeira de Santarém. Foto cedida por seu filho Bruno Ribeiro. |
Quando criámos esta rubrica tencionávamos que fosse bem
abrangente dos quatro concelhos que constituem a região designada por Baixo
Guadiana, ou seja, os concelhos de Mértola, Alcoutim, Castro Marim e Vila Real
de Santo António.
Se nas primeiras postagens isso foi evidente, acabámos por
nos dedicar mais às alcoutenejas, já que era dessas que possuíamos maior
informação através de pesquisas que temos feito ao longo destes últimos 40
anos.
Penitenciamo-nos por o não ter feito em relação aos outros
concelhos, pelo que a diferença entre o número de alcoutenejos e os outros é
considerável. O tempo não chega para tudo!
São até hoje 39 as “Figuras” abordadas e a nível de
movimento verificámos o seguinte:
1º - Sérgio Pica
(2010.04.28)
2º - António José
Madeira de Freitas (2009.04.21)
3º - Maria Eduarda de
Freitas (2008.07.16)
4º - Marina Ramos
Themudo (2009.05.07)
5º - António Vicente
Campinas (2009.02.07)
Dos cinco mais procurados e nos termos que temos vindo
afirmando quando fazemos análises deste tipo, quatro, naturalmente, são
alcoutenejos, dos verdadeiros, daqueles que lá nasceram.
A figura grada de António Vicente Campinas, vila-realense e antifascista
é a excepção.
A primeira posição é ocupada a distância considerável, pelo
que foi pintor de arte profissional, autodidacta, Sérgio Pica que nasceu nos
Balurcos, “monte” do Deserto.
Seguidamente, surge o Padre António José Madeira de Freitas
(tio), uma das figuras centrais alcoutenejas do século XIX, ocupando o 3º lugar
a republicana Maria Eduarda de Freitas, uma mulher plurifacetada, a que
recentemente foi dado o seu nome a uma “quelha” na Vila de Alcoutim.
Encerra o escol alcoutenejo, Marina Ramos Themudo, que
saibamos a única doutorada nascida na vila de Alcoutim. Esta é mesmo doutora e
não dra, não haja confusão.
Nunca é demais voltar a referir que esta classificação nada
tem a ver, nem de perto nem de longe, com o valor real das pessoas, mas não
deixa de ser uma curiosidade.
Admitimos que a sua procura signifique o desconhecimento e
curiosidade dos alcoutenejos pelas “figuras” que lhe apresentamos em pequenas
notas biográficas que conseguimos organizar.