Quem teve a amabilidade de nos enviar esta e outras
fotografias para publicação neste espaço e que muito o tem enriquecido não nos
deu nenhuma dica sobre a mesma, a não ser que seja proveniente dos “montes do
rio”.
Tê-lo-ia feito ou por desconhecimento ou para aquilatar o
texto que sobre ela reproduzimos em função da nossa observação e deduções que
poderão nada ter com a realidade.
Olhando para a fotografia várias coisas saltam à nossa
vista.
Uma delas é a existência da cadeira bem típica da região e
hoje quase desaparecida. A cadeira não está a ser utilizada para o que foi
criada. Parece-nos que estará a servir de suporte para a feitura de cilha,
ainda que nunca tivéssemos visto fazer tal coisa, mas a lição recentemente dada
pelo colaborador Daniel Teixeira levou-me a tirar essa conclusão que esperamos
esteja certa.
Não nos podia passar ao lado a existência do alguidar de
zinco sobre o poial destinado aos banhos e encostado à parede da casa para
escorrer.
Os figurantes que hipoteticamente poderão ser avós, filha e
netos, sendo o fotógrafo o genro, prepararam-se para a foto, não tendo sido
mesmo esquecido o chapéu e o lenço para o casal anfitrião.
Penteado e vestido da jovem fazem, naturalmente, a diferença
e a “avó” não deixa de carinhosamente abraçar o neto, retribuição que a filha
lhe faz.
O mais novinho e mais reguila parece estar um pouco
desconfiado. Pelo seu trajar verifica-se bem que não são crianças criadas por
ali.
Presumimos que possa ser fotografia tirada nos anos 40 / 50
do século passado.
Haverá alguma verdade em tudo isto?