Vamos apresentar hoje o tipo de
lavatório de ferro, o mais simples que conhecemos e que se destinava ou destina
prin-cipalmente a lavar as mãos.
Muito usado no concelho de
Alcoutim quando não havia a distribuição de água ao domicílio e pos-sivelmente
pela maior parte do país.
Os dois modelos que apresentamos
são seme-lhantes mas se reparar-mos bem têm algumas diferenças.
Começamos pelo formato do ferro
que suporta o espelho e um pouco mais abaixo no destinado a colocar as toalhas
ou pano das mãos como muitas vezes acontecia. São notórias as diferenças.
O “corpo” do lavatório num e
noutro exemplar também não é igual.
O círculo superior destina-se a
suportar a bacia de esmalte e por vezes de barro. Estreitando os três ferros
que seguram a bacia, dão lugar a um pequeno círculo destinado a colocar uma
peça em esmalte furada que se destina a colocar o sabão.
Os três ferros estruturantes
voltam a abrir o suficiente para quando voltarem a estreitar poderem receber o
balde igualmente de esmalte ou de barro. Ao lado, estava o jarro, do mesmo
material que continha a água limpa para utilizar.
Quem viveu esses tempos sabe que
ir buscar água ao poço que normalmente ficava distante e numa baixa, onde
corriam lençóis freáticos, era trabalhoso e a água tinha de ser muito bem
gerida. Nesse sentido, só se deitava fora a água da bacia quando estivesse
muito suja.
Com o decorrer dos anos e a
evolução do nível de vida com a chegada da água e da electricidade ao
domicílio, já que o esgoto está muito distante de apresentar os números
desejados, estas peças deixaram-se de se usar. Ainda que muitas tivessem sido
postas ao abandono, outras foram recuperadas e servem hoje como objectos de
decoração, como numa fotografia se apresenta e outras foram aproveitadas em
parte para fazer mesas-de-cabeceira com o retiro da parte superior e a
aplicação de um tampo.
Existem outros tipos de lavatório
em ferro, mais completos e de que falaremos numa outra oportunidade,