sábado, 19 de maio de 2012

Banco de Terras

Pequena nota

Recebemos do Sr. Mário Nunes com pedido de publicação, o seguinte texto que gostosamente satisfazemos.

Os textos aqui publicados sobre esta matéria têm sido muito procurados pelos nossos visitantes / leitores, nomeadamente o que o foi em 14.10.2011 e que tem por título – APROFIP – Associação de Produtores do Figo da Índia de Portugal.

Este espaço está sempre ao dispor de colaborações deste tipo.

Disponha sempre, Caro Sr. Mário Nunes.

JV

(...) José Varzeano,

Como grande amigo que é do concelho de Alcoutim e suas gentes, venho pedir-lhe a publicação do projecto "Banco de Terras" que a APROFIP - associação de produtores e profissionais de figo da india portugueses, já iniciou, através da sua página no facebook http://www.facebook.com/APROFIP e outros meios da C. Social .


O objectivo desta Associação é servir de mediador entre o futuro Produtor de figo-da-india (sem terras) e o Proprietário de terras pouco férteis e semi-abandonadas, que não pode ou quer explorá-las e por isso não usufruindo delas qualquer rendimento, mas se optar pelo arrendamento a tempo limitado, poderá rentabilizá-las no imediato e, ao mesmo tempo, proporcionar-lhe-á no final do contrato, uma fonte de rendimento significativo.

Outras informações acerca desta exploração agrícola de interesse comum e a respectiva minuta do contrato, poderão ser solicitadas pelo e-mail : adm.aprofip@gmail.com

Gostaria de aproveitar a oportunidade para informar os responsáveis das Reservas de Caça Associativa que a plantação ordenada de Figueira da índia poderá representar um investimento a curto e médio prazo de relevante importância financeira possibilitando, além dos benefícios à protecção e alimentação das espécies cinegéticas, um rendimento da planta a partir do 2º ano de vida e ao 5º / 6º ano uma rentabilização, por hectare, na ordem de 5.000 euros, através da colheita dos frutos, na venda dos cladóides para replantação ou para o fabrico de farelo biológico para ração animal.

Também a Apicultura será grandemente beneficiada pelas Figueiras da Índia que, num futuro próximo, venham a ser plantadas no concelho de Alcoutim, além da forte possibilidade de ser criado um pólo de atracção turística, durante o período de floração (maio/junho)  e na apanha do fruto (agosto/setembro) .

O concelho de Alcoutim, já antes o disse e volto a repetir, possui largos milhares de hectares de terrenos sem qualquer aproveitamento agrícola ou outro rendimento pecuniário relevante, mas que poderão ser aproveitadas para a exploração agro-industrial da fileira figo-da-índia, considerando que a maioria dos terrenos existentes na região possuem extraordinárias aptidões para o desenvolvimento desta planta secular no concelho, podendo contribuir fortemente para o seu desenvolvimento económico e social.

Apesar da acentuada desertificação, recuso-me aceitar, como alcoutenejo de alma e coração, que o concelho de Alcoutim seja uma aberração da natureza. Também nós possuímos algumas potencialidades relevantes, as quais devemos urgentemente identificar e explorar com responsabilidade, ordenamento e sustentabilidade, para que as gerações presentes e vindouras aqui se fixem e vivam em perfeita harmonia com a paisagem que a natureza nos quis favorecer.

Respeitosamente,

Mário Nunes