quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ninho abandonado (Poema)

Pequena nota
O poeta sem saber explicar porquê, passou segundo confessa, um período vazio de ideias, nem uma só palavra aflorava à sua mente sensível!
Mas os poetas são mesmo assim, do nada sai este pequeno mas belo poema.

JV




Poeta

José Temudo







A minha cabeça está vazia

como balão furado e espremido

e brilha como lâmpada fundida

num quarto fechado, escurecido.

Nem uma só ideia, uma só que seja,

Neste deserto oco, cresce e viceja.

É um ninho abandonado

por um pássaro desencantado.

Tudo nele ecoa,

nada fica, tudo se escoa!