O
rei de Espanha, Carlos II, morreu sem descendentes. O testamento indicava como
herdeiro, Filipe, neto de Luís XIV que foi aclamado rei em Madrid, mas o
imperador Leopoldo da Alemanha não reconheceu a sucessão pois entendia
pertencer a seu filho, o arquiduque Carlos.
Assim,
estalou a guerra entre a Áustria e a França.
Portugal
começou por aderir ao bloco francês, mas após dois anos de negociações passou
para o lado do arquiduque, apoiado pela Inglaterra, nossa velha aliada. (1)
Em
troca do nosso apoio, o arquiduque prometia, se subisse ao trono de Espanha, o
aumento do nosso território com a cedência definitiva das praças de
Albuquerque, Badajoz, Valência de Alcântara, Baiona, Tui e Vigo.
Fazendo-se
aclamar rei de Espanha em Viana, Carlos III desembarca em Lisboa a 9 de Março
de 1704.
As
tropas franco-espanholas atacam a Beira e o Alentejo, tomando praças e
massacrando as populações rurais. O Marquês das Minas recupera praças perdidas,
toma a ofensiva e entra triunfalmente em Madrid onde faz aclamar Carlos III,
mas na retirada é vencido em Almansa.
Nos
anos seguintes, arrastam-se as campanhas de desgaste. (2)
Em
Alcoutim, como terra raiana que é e palco de lutas que foi, também se fizeram
sentir estas guerras.
Diogo
Lobo Pereira, fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo, louletano
pelo nascimento, em 1707 passou ao Algarve, fazendo levas de gente para o
exército e aqui acudiu com diligência quando o inimigo intentou acometer por
este lado.(3)
A
vizinha Sanlucar é apontada como tendo desempeñado
un importante papel (...) en la
Guerra de Sucesion, reinando en España Felipe V de Anjou.
(4)
NOTAS
(1) – Curso de Hstória
de Portugal, Fortunato de Almeida, 1945. p. 252
(2) – História de
Portugal, Joaquim Veríssimo Serrão, Vol. V, 1980, p. 222.
(3) – Corografia do Algarve, J. Baptista da Silva Lopes,
1841, p. 420
(4) – Ayamonte – Geografia e História, Maria Luísa Diaz
Santos, 1990, p. 45